quarta-feira, 8 de maio de 2013

Santa Catarina na Expovinis: Vinícola Santa Augusta

Depois de um mês de muito trabalho, incluindo as feiras que aconteceram em São Paulo, estou retomando os relatos da última viagem ao sul do Brasil.
Antes de voltar ao roteiro gostaria de desviar a rota para falar de uma vinícola muito especial de Santa Catarina, cuja visita aconteceu durante a Expovinis, que aconteceu no final de abril.
Nas edições anteriores da feira já tinha provado alguns dos vinhos da Vinícola Santa Augusta dentro do estande da Acavitis (Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude), mas este ano me chamou atenção o estande próprio da vinícola, de bom gosto, bem iluminado e com uma equipe simpática e bem preparada para apresentar os vinhos.


Tive então a oportunidade de provar cada um dos vinhos, de espumantes muito bem elaborados,  brancos e rosés frescos e aromáticos, a tintos que chamam atenção por aromas e sabores muito agradáveis, pela elegância e equilíbrio. Como uma refeição que é finalizada pela sobremesa, a apresentação terminou com um  delicioso licoroso elaborado com Moscato Giallo.



Tudo é muito caprichado na Santa Augusta. Sentir aromas e sabores agradáveis e perceber álcool, acidez e taninos tão bem integrados em cada vinho me deu a percepção de um trabalho muito bem pensado desde o vinhedo, onde verdadeiramente nascem os bons vinhos. 
Bom solo, bom clima, técnica e tecnologia não faltam para a Santa Augusta, mas o que dá o tom especial a estes vinhos é o trabalho competente do enólogo Jefferson Sancineto Nunes. 




Deste carismático profissional recebi uma aula de enologia e biodinâmica. Sim, ele é o pai do primeiro vinho biodinâmico brasileiro, o Imortali.  
Tecnicamente este elegante e clássico corte de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot foi produzido com uvas provenientes de vinhedos em Água Doce, a 1.300 metros de altitude na serra catarinense, gerando um vinho com incrível equilíbrio ao paladar.
Como apreciadora tenho que dizer: é um belíssimo vinho, que dá prazer de beber. Eu beberia esse vinho solo para apreciar todas as suas nuances, mas também bem acompanhado de boa comida, em especial um saboroso corte de carne vermelha.
Seu nome veio da união dos nomes das duas jovens proprietárias, Morgana e Taline, que formou Mortali. Porém um vinho com vocação para guarda e que nasceu para marcar toda uma nova geração de vinhos só poderia se chamar Imortali.



Provar vinhos como estes, feitos com qualidade e paixão, e que nos proporcionam prazer em beber, me motiva a continuar dizendo: o Brasil produz sim bons vinhos!

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